terça-feira, 11 de abril de 2017

SinproAcre convoca os professores para greve geral

O Sindicato dos Professores da Rede Pública de Ensino do Estado do Acre (SinproAcre) convoca os professores para uma greve geral no dia 28 de abril. O manifesto é para protestar contra as reformas da previdência, trabalhista e contra a lei da terceirização. A concentração acontece em frente ao Palácio Rio Branco, no Centro a partir das 8h.

Combinadas, a reforma da Previdência (PEC 287/2016), a reforma trabalhista (Projeto de Lei 6.787/2016) que tramita no Congresso Nacional e a terceirização irrestrita, recém-sancionada por Michel Temer, ameaçam seriamente os direitos já conquistados dos professores.
De acordo com a presidente do SinproAcre, Alcilene Gurgel, a mobilização visa demonstrar o descontentamento de todas as categorias, incluindo a dos professores que até o final das votações continuam ameaçados pela retirada de direitos.

“Não vamos admitir a retirada de direitos, por isso nosso sindicato está acompanhando o caso e alerta os professores para debaterem o tema na sala de aula para que os jovens e os pais deles possam fazer uma grande adesão”, afirmou a sindicalista.

O vice-presidente do sindicato, Edileudo Rocha, ressalta que a greve é uma tentativa de sensibilizar os deputados e senadores acreanos que irão votar as propostas.

“Comuniquem aos pais ou responsáveis de alunos que dia 28 estaremos paralisando nossas atividades nas escolas, para irmos ao campo de batalha em defesa dos nossos direitos. A luta é travada nas ruas e sem covardia”, falou Edileudo. (Assessoria)


Bruna de Albuquerque Lopes

segunda-feira, 10 de abril de 2017

BR-364 falta discutir a sua sustentabilidade para que possa ser construída

Ainda sobre a rodovia que liga um extremo do Acre ao outro, falta discutir a sua sustentabilidade. Farinha de mandioca, biscoitos de goma, açaí de Feijó parece pouco para investimento tão elevado. O abastecimento daquelas populações que consomem batata, cebola, tomate vindos do Sul, congelados da Sadia, da Fátima Bernardes, do Toni Ramos, é um modo de mandar embora o dinheiro dos habitantes, via impostos e fretes embutidos nos preços.

Condicionado ao abastecimento via Manaus e Belém no tempo da borracha, agora querem se articular com fabricantes de São Paulo via rodovia asfaltada, atraindo caminhoneiros e caçambeiros que devassam a floresta para vender arroz de Pelotas! Os políticos que determinam tudo não têm juízo. Deveriam pensar no abastecimento interno com produção diversificada, lembrando que cebolas, batatas e tomates estão ali bem ao lado nas cidades peruanas. Só pensam em madeira e gado. Lucro imediato. Mais e mais menos têm muito mais e muitos muito menos.

Ë uma equação social muito perversa. Os políticos passam o tempo de olho uns nos outros. E não sabem pensar numa perspectiva ampla e responsável.


Por: Fatima Almeida

Fonte Folha do Juruá